domingo, 2 de setembro de 2012


Já percebeu como gostamos de nos proteger com mil camadas de armaduras?
 Puro medo. E mesmo assim… mesmo assim, parece que nos empurramos pra cima da pessoa “amada” (digamos assim) e imploramos em silêncio pra que tirem essa armadura da gente. Mesmo assim fazemos esses pequenos sacrificios em que dizemos coisas que nos machucam um pouco por dentro, na esperança da outra pessoa ceder primeiro, da outra pessoa se despir das armaduras primeiro. E aí fica nessa. Nesse jogo de “vai você primeiro”.

Até quando?
Sinto falta de reescrever diálogos que tantas vezes se repetiram em minha mente. Sinto falta de vomitar textos e mais textos sobre atos que seriam insignificantes para alguma pessoa, ao mesmo tempo em que seriam o motivo para os meus sorrisos. A falta de descrever o rosto de alguém. De reparar nos mínimos detalhes. Seja uma pinta no canto esquerdo boca, um sorriso meio torto, ou um calombo no nariz... De simplesmente mergulhar no olhar de alguém durante horas e não se dar conta disso.
Quem é a moça que esconde muitas vezes um sorriso?
Ninguém conhece seus segredos e seu verdadeiro sonho. Ninguém conhece seus delírios e seu futuro marido. Ninguém conhece seus pensamentos e seus conflitos.
Quem é a moça que já teve cabelos coloridos? De pensamento leve e mãos ágeis? Quem é a moça da agenda? Quem é a moça dos segredos? Quem é a moça pequenina?
Do barulho, do silêncio, do vento... Da mensagem errada, das palavras trocadas, do mundo moderno... Quem é a moça da paisagem?
Ninguém sabe quem é. Ninguém ousa ir fundo nessa cabeça maluca. Ninguém entende sua fúria e seus medos. Ninguém conhece seu desespero. Ninguém sabe quem ela é e o que ela quer...

A onda


Um dia me disseram que eu era tão bela quanto o mar
Ondas que viajam o oceano e despejam histórias passadas
E eu sou assim, tão viva.
Ele também reflete a luz da lua,
tão forte, mesmo nos piores dos apagões.
Adoro o mar.